quinta-feira, 19 de novembro de 2009

E Caeté cada vez mais cinza...













E Caeté cada vez mais cinza... vão restando as cinzas da destruição descabida.
Vão sumindo as árvores e com elas o verde da cidade.
Sumindo o verde somem os passarinhos e sumindo os passarinhos some a melodia de seu cantar. E os cidadãos vão sendo engolidos pelas nuvens de insetos que se proliferam sem seus inimigos naturais.
Pernilongos sugam nosso sangue e fazem aumentar o número de doentes na cidade.
Nossos pulmões cada vez mais obstruídos pela poeira.
Nossos corpos cada vez mais ressecados pelo calor insuportável. Roubaram nossas sombras.
Conseqüências de uma maneira covarde de trabalhar da prefeitura onde se corta frondosas árvores para em seu lugar despejar mais alguns baldes de cimento.
Mas não se admirem, rapidamente virão as corriqueiras explicações.
“ São árvores que não prestam” , “ estavam velhas” , “estavam doentes”

Meu querido Pai do céu, imagino eu se TU em tua infinita bondade e sabedoria terias criado alguma árvore que não presta para nada.
Imagino se com o ser humano fosse usada a mesma forma de tratamento dispensado aquelas árvores.

“Decapita esse homem ! Está velho !” ”Aquele ali também pois está doente!”

Não faças á natureza aquilo que não gostarias que fizessem a ti.



Nenhum comentário: