quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

E quase nada mudou ....

Eu escrevi este texto no final de 2002 ....
e quase nada mudou NOVE anos depois ....
Caeté continua a mesma.

Um novo ano se inicia... Benvindo 2003.
Mas os pensamentos e idéias de uma meia dúzia de hipócritas continua a mesma.
Assusta-me a idéia de que teremos mais 365 dias de coronelismo na Praça de José Brandão, único ponto de lazer dos jovens e turistas em nossa cidade no período noturno.
Assusta-me ver um representante do povo, membro do legislativo, ser algemado como um bandido, ou melhor, seria dizer, como uma pessoa de bem, pois os bandidos nesta cidade continuam sem algemas. Pois     que me mostrem algemados os assassinos de tantas mortes sem solução (Santa, Bigode, etc...)
Mostrem-me algemados os traficantes que como livres comerciantes aliciam nossos filhos na mesma praça de José Brandão.
Assusta-me ver pessoas invejosas, fofoqueiras e egoístas ligarem para a policia, pois o som alto os incomoda, mas o tráfico de drogas, o consumo de bebidas alcoólicas pelos menores não os incomoda, pois para isso não solicitam viatura policial e nem fazem campanha.
O que seria do carnaval em Salvador, ou a queima de fogos no Rio de Janeiro no reveillon, se por lá morassem esses mesmos moradores.
A lei que proíbe o som alto após as 22h00 deveria ser cumprida sim, mas respeitando-se também quem trabalha por necessidade no período da noite e necessita dormir no período do dia e tem sua casa invadida pelo som alto das igrejas de Caeté que desrespeitam não só quem necessita dormir nesse horário como também o livre culto de religião invadindo sem autorização os lares daqueles que não são católicos.
Na próxima carta irei colocar em debate outra hipocrisia cometida, as campanhas do Natal sem fome, enquanto se gasta tanto dinheiro em fogos, enfeites para procissões, adornos de igrejas, vinhos para a missa.
Por enquanto espero que a juventude, e todos que tiverem um pensamento jovem, assumam para si a responsabilidade de decidir e mudar o destino de Caeté, cidade turística, prazerosa, divertida ou uma sala de espera para a morte, triste, dorminhoca, preguiçosa, quase parando. Cidade dormitório, cidade velório.


                                                                  Vasco Manuel V F Corujo
                                                                           Pastelaria do Vasco
                                                                         Praça de José Brandão

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