“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e inter-nacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”
Promulgada, porém ignorada.
Escrevo hoje para que junto com os senhores possamos rasgar nossa constituição.
Essa mesma constituição de tão bonito preâmbulo está literalmente sendo rasgada, ignorada e violada, por muitos cidadãos, principalmente aqueles detentores de poderes auferidos e advindos do povo.
Não é de hoje, nem foi a primeira nem a única vez que me deparei com ações completamente contra-rias á constituição.
Vou me ater porém a um fato que diretamente me tem atingido, o preconceito, a discriminação, em função da posição social e principalmente da nacionalidade.
Titulo II ......... Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Capitulo I ...... Dos direitos e deveres individuais e coletivos
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, ...”
Vez ou outra, no calor dos debates principalmente políticos, e na falta de argumentos inteligentes, sou literalmente marcado como forasteiro, estrangeiro.
“você nem é caeteense”, “nem Brasileiro você é”, “volta para a África”, “você não é daqui”
Gostaria de saber se vocês leitores vem de família originalmente indígena? Poucos responderão que sim.
Pois bem, então somos todos estrangeiros nesta terra abençoada pela sua mistura de raças e povos oriundos do mundo inteiro.
Amo este país mais do que muitos nele nascidos, assim como muitos filhos adotivos amam e são muito mais amados por seus pais que os escolheram do que se fossem filhos legítimos frutos do acaso de uma conjunção carnal.
Quero pois declarar publicamente através deste jornal que me considero Brasileiro, Caeteense e não abrirei mão desse meu amor e desse meu direito.
E é em função desse amor e desse direito que venho denunciar que cidadãos húmildes estão sendo destratados e tratados de maneira diferente em função de sua posição social por agentes públicos, prin-cipalmente dos mais altos cargos municipais, secretários, prefeito, etc... que se armam do preconceito para exercer seus mandatos imanados do povo.
Cabe aos senhores vereadores e ao judiciário fiscalizar e cobrar do executivo uma mudança de atitude, pois muitos desses cidadãos sequer têm força para reclamar, acatando e baixando a cabeça para esses dês-mandos característicos da ditadura e do coronelismo.
Estou aqui novamente através de minhas cartas aos jornais exercendo meu direito constitucional e espero não vir novamente a ser punido por isso como já ocorreu com o fechamento de meu trailer.
Nossa constituição garante:
Art. 5°, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
Que se respeite a Constituição da República Federativa do Brasil e a liberdade nela garantida,
Vascão do pastel
Quitandinha
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